Assunto: PETIÇÃO n.º2/XII/1
Exmos. Srs. Deputados,
Os nossos respeitosos cumprimentos.
Vamos ser muito breves, uma vez que cremos que a Petição aqui em causa já foi convenientemente defendida em audição e que estão a chegar às caixas de correio de V. Exas. bastantes mensagens.
Somos um movimento cívico, não patrocinado por qualquer entidade, constituído por cidadãos comuns, na maioria dos casos residentes na Marinha Grande, praticantes de dietas alimentares tão diversas como a tradicional omnívora ou a vegana, simpatizantes de partidos políticos da esquerda à direita. Afinal, se há uma motivação comum a todos nós, é a luta contra um costume em que há indivíduos (cavalos e bovinos) a serem desrespeitados ao mais alto nível - atendendo a que, até se aplaudem actos em que se lhes inflige dor e, no caso dos bovinos, também a sua humilhação -, com a conivência dos decisores políticos que nada fazem para tornar a tauromaquia ilegal; chegando-se ao cúmulo de se canalizarem dinheiros públicos para esta actividade, que é tão repudiada por tantos e tantos portugueses, de todas as zonas do nosso país, e por tantas e tantas pessoas por este mundo fora.
Consultada a documentação chegada à Comissão de Educação, Ciência e Cultura no âmbito da PET n.º2/XII/1, constatámos que o município da Marinha Grande foi mencionado no capítulo “A Importância e a Implementação da Tauromaquia em Portugal” do Parecer da Protoiro, na “Lista dos Municípios onde se realizam Corridas de Touros”. Importa referir, que até à data, realizaram-se “apenas” 3 corridas de touros neste concelho, a primeira das quais em 2008. Todas elas tiveram lugar em praças portáteis e as duas últimas foram alvo de grande contestação social. O município da Marinha Grande não tem, nem nunca teve, praça de touros fixa. Nele, não há ganadarias, toureiros, matadores, emboladores, grupos de forcados etc., e a tauromaquia não tem qualquer relevo (facto). É muito simples montar uma praça ambulante num qualquer lugar sem tradição tauromáquica, fazer aumentar o número anual de espectáculos e fazer subir o número de municípios onde se realizam corridas de touros; valendo até, incluir em listas como a supra referida, municípios onde, até hoje, apenas se realizou uma única corrida de touros.
Mais constatámos, que no Relatório de Audição à Protoiro elaborado pela Comissão de Educação, Ciência e Cultura, se pode ler “fizeram alusão a estudos científicos, que comprovam que o toiro tem mecanismos fisiológicos que lhe permite anular imediatamente a dor”. Não podemos deixar passar esta afirmação sem fazer o seguinte reparo: os estudos científicos a que foi feita a tal alusão, NÃOcomprovam nada disso. Existe um estudo preliminar, que é preliminar desde 2007, da autoria de Juan Carlos Illera, publicado na Revista Computense de Ciencias Veterinarias, que visa comprovar algo semelhante, mas esse mesmo estudo, muito contestado, não só nunca passou de preliminar, como nunca foi cientificamente validado.
Não nos parecendo que tenha ficado comprovada a anulação da dor dos bovinos, e já que a Marinha Grande serviu para ser incluída na “Lista dos Municípios onde se realizam Corridas de Touros”, nada melhor do que aproveitar para deixar aqui algumas imagens captadas durante “II fabulosa Corrida de Toiros” decorrida na cidade a 21 de Maio de 2011, imagens estas que cremos que, quer em relação à dor, quer em relação a outros aspectos, valem mais do que mil palavras.
Solicitando a V. Exas que visualizem as imagens abaixo e as tenham presentes durante a discussão de amanhã,
Antecipadamente gratos,
MARINHENSES ANTI-TOURADAS
Ligação para vídeo:
Fotos:
Bem que fotos ! Que arquivo !
ResponderEliminarUm horror.
ResponderEliminarAlguém sabe como correu no Parlamento?
ResponderEliminarhttp://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/maioria-parlamentar-pela-continuacao-das-corridas-de-touros-1529857
ResponderEliminarGosto disto.
ResponderEliminarFDP FDP FDP como é possivel? E ainda dizem que em Portugal os touros não são mal tratados e que isso é só em espanha...... dá vómitos, que nervos.....
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