Câmara Municipal da Marinha Grande não autoriza tourada na Praia da Vieira de Leiria
No seguimento de pressão criada e mantida pela ANIMAL em articulação com Movimento de Marinhenses Anti-Touradas – Por favor, agradeça ao Município Marinhense pela decisão tomada.
A tourada que esteve originalmente anunciada para o dia 19 de Julho na Praia da Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande, e que tem estado a ser alvo de apelos e protestos dirigidos ao Executivo Municipal da Marinha Grande gerados e mantidos pela ANIMAL em articulação de esforços com o movimento “Marinhenses Independentes Anti-Touradas” (http://mgranti-touradas.blogspot.com/) foi finalmente não autorizada pelo Município Marinhense. Organizada pelo empresário tauromáquico João Oliveira – que tentou organizar uma tourada em Braga que a ANIMAL também levou a que não fosse autorizada pelo Município de Braga, há largos meses atrás –, a tourada da Praia da Vieira estava agora anunciada para 16 de Agosto, mas, numa decisão positiva que veio corresponder aos milhares de apelos dirigidos ao Município Marinhense por milhares e milhares de amigos dos animais, a Câmara Municipal da Marinha Grande não autorizou este evento tauromáquico, como noticia o site pró-touradas “Farpas Online”, em http://farpasblogue.blogspot.com/2009/08/camara-da-marinha-grande-proibe-corrida.html.
Por favor, envie a seguinte mensagem de agradecimento – ou escreva a sua própria mensagem, se preferir – aos decisores municipais da Marinha Grande, congratulando-os por não terem autorizado esta tourada e pedindo-lhes que transformem esta louvável decisão numa medida mais abrangente: a de não voltarem a permitir que o concelho da Marinha Grande possa alguma vez voltar a ser palco de touradas. Por favor, envie a sua mensagem para: alb.cascalho@cm-mgrande.pt; gap@cm-mgrande.pt; relacoes.publicas@cm-mgrande.pt; sergio.moiteiro@cm-mgrande.pt; joao.pedrosa@cm-mgrande.pt; artur.oliveira@cm-mgrande.pt; geral@cm-mgrande.pt; Com Conhecimento (Cc) a: campanhas@animal.org.pt; Com Cco (Bcc) a: marinhenses.antitouradas@gmail.com
Mensagem Sugerida pela Associação ANIMAL
Exm.º Senhor Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande
Ex.mos Senhores Vereadores da Câmara Municipal da Marinha Grande
Excelências,
Acabei de saber que a Câmara Municipal da Marinha Grande tomou a corajosa e louvável decisão de não autorizar a tourada que o empresário João Oliveira pretendia organizar na Praia da Vieira de Leiria – inicialmente anunciada para 19 de Julho mas entretanto adiada para 16 de Agosto.
Quero, pois, expressar o meu contentamento relativamente a esta medida, bem como as minhas mais sinceras felicitações e agradecimentos à Câmara Municipal da Marinha Grande, na pessoa de V. Ex.as, por não terem autorizado este espectáculo de tortura de animais – do qual, muito sintomaticamente, até a corporação de bombeiros local se dissociou, o que é especialmente notável considerando que esta instituição havia originalmente sido mencionada como beneficiária da dita tourada. É com enorme satisfação que registo que tanto os Bombeiros Voluntários da Vieira de Leiria como a Câmara Municipal da Marinha Grande foram sensíveis aos apelos de milhares e milhares de portugueses que se preocupam com os animais, tendo ambas as instituições, em ângulos diferentes mas igualmente importantes, decidido não cooperar com este evento de violência contra animais que mancharia o concelho que V. Ex.as administram.
A Marinha Grande é, felizmente, uma cidade que não tem qualquer tradição ou actividade tauromáquica e que, ao invés disso, tem antes uma admirável história de lutas cívicas e políticas por direitos fundamentais. É especialmente por isso que acredito que a Marinha Grande não deve, em circunstância alguma, ser palco de uma actividade terrível de tortura de animais, que ofende os mais elementares princípios éticos, assim como se opõe ao progresso moral, social e político que todas as cidades devem prosseguir e cultivar e que a Marinha Grande deve certamente cultivar especialmente, dado o seu histórico.
Reitero, por isso, o meu apelo para que a Câmara Municipal da Marinha Grande não autorize qualquer evento tauromáquico neste concelho, agora ou em qualquer outro momento futuro, sendo certo que, se o V. Município proceder desta forma, nomeadamente se o fizer declarando a Marinha Grande uma “Cidade Anti-Touradas” tal como a Câmara Municipal de Viana do Castelo procedeu na belíssima cidade minhota que administra, será ainda mais felicitada do que já está a ser por esta decisão quanto a esta tourada em particular.
Agradecendo novamente a atenção de V. Ex.as e ficando na expectativa de uma resposta a esta mensagem, que espero que possa ser positiva,
Com os meus melhores cumprimentos,
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
22 - Tourada solidária com criança acaba em tribunal
João Oliveira, o empresário que pretende organizar uma tourada na Praia da Vieira é notícia, pelos piores motivos.
Liliana Costa. In “Jornal de Notícias”, 3 de Agosto de 2009:
Tourada solidária com criança acaba em Tribunal. Organizador desapareceu com o dinheiro da bilheteira e ainda deixou várias dívidas
O pai de criança com paralisia cerebral vai apresentar uma queixa-crime contra o organizador de uma tourada solidária por alegada burla. A família não viu um tostão das receitas do evento e ainda ficou sem 2000 euros.
A história de Tozé, cinco anos, portador de paralisia cerebral, já comoveu muitas pessoas que, solidárias com a família do menino, contribuíram para um fundo que já atingiu cerca de 27 mil euros, ao longo dos últimos anos. Há uns meses, o caso ganhou maior visibilidade quando Tozé foi à televisão pedir ajuda. No mesmo dia, o pai do menino, Alexandre Pereira, recebeu um telefonema de João Oliveira que se apresentou como empresário de tauromaquia, oferecendo-se para realizar uma corrida de touros solidária.
"Reunimo-nos e prontifiquei-me a ajudar no que fosse preciso para que a corrida solidária se realizasse", recorda Alexandre Pereira. A 5 de Julho último, a praça de touros montou-se em Vizela, com 2100 lugares sentados, a casa "estava com mais de metade da lotação preenchida" e o espectáculo tauromáquico aconteceu. "Tínhamos combinado que, no intervalo, o dinheiro angariado seria entregue ao Tozé, mas tal não aconteceu", conta o pai.
Confrontado, o empresário justificou que "tinha tido prejuízo, só tinha vendido 800 bilhetes e que, ainda por cima, tinham roubado algum dinheiro das bilheteiras", relata Alexandre, inconformado. "É mentira porque o homem da praça disse que no mínimo estariam 1150 pessoas, o que significa que com bilhetes a 15 e a 20 euros, daria, pelo menos, 17250 euros. Não vi um tostão. E ainda por cima ele não pagou a ninguém, nem ao homem dos touros, nem ao que montou a praça, tão pouco à GNR", afirma, indignado.
A família não só não recebeu qualquer ajuda para os tratamentos do menino, como ainda por cima ficou sem quase 2000 euros, dinheiro que adiantou a Oliveira para pagar as licenças e ao pessoal que ia montar a praça.
Alexandre sente-se burlado e quer avançar com uma queixa-crime contra o alegado empresário tauromáquico. "Estou só à espera de ver se consigo reunir mais lesados, nomeadamente restaurantes, tipografia e outras casas comerciais que deram 50 e 100 euros a esse indivíduo para fazer camisolas com a fotografia do meu filho e que nunca apareceram. Se puder dividir as despesas da advogada, tanto melhor", revelou o progenitor. Os pais temem ainda que "ele possa estar a servir-se da fotografia do meu filho que ele levou para conseguir enganar mais alguém".
O JN tentou contactar João Oliveira mas ninguém atendeu as chamadas.
Segundo apurou ainda o nosso jornal, o responsável pelos touros, António Nunes, reclama uma dívida que rondará os 12 mil euros e já fez saber que irá recorrer aos tribunais para reaver o dinheiro. E a acção será interposta contra os Bombeiros Voluntários de Vizela, instituição que apareceu nos cartazes como entidade organizadora.
Liliana Costa. In “Jornal de Notícias”, 3 de Agosto de 2009:
Tourada solidária com criança acaba em Tribunal. Organizador desapareceu com o dinheiro da bilheteira e ainda deixou várias dívidas
O pai de criança com paralisia cerebral vai apresentar uma queixa-crime contra o organizador de uma tourada solidária por alegada burla. A família não viu um tostão das receitas do evento e ainda ficou sem 2000 euros.
A história de Tozé, cinco anos, portador de paralisia cerebral, já comoveu muitas pessoas que, solidárias com a família do menino, contribuíram para um fundo que já atingiu cerca de 27 mil euros, ao longo dos últimos anos. Há uns meses, o caso ganhou maior visibilidade quando Tozé foi à televisão pedir ajuda. No mesmo dia, o pai do menino, Alexandre Pereira, recebeu um telefonema de João Oliveira que se apresentou como empresário de tauromaquia, oferecendo-se para realizar uma corrida de touros solidária.
"Reunimo-nos e prontifiquei-me a ajudar no que fosse preciso para que a corrida solidária se realizasse", recorda Alexandre Pereira. A 5 de Julho último, a praça de touros montou-se em Vizela, com 2100 lugares sentados, a casa "estava com mais de metade da lotação preenchida" e o espectáculo tauromáquico aconteceu. "Tínhamos combinado que, no intervalo, o dinheiro angariado seria entregue ao Tozé, mas tal não aconteceu", conta o pai.
Confrontado, o empresário justificou que "tinha tido prejuízo, só tinha vendido 800 bilhetes e que, ainda por cima, tinham roubado algum dinheiro das bilheteiras", relata Alexandre, inconformado. "É mentira porque o homem da praça disse que no mínimo estariam 1150 pessoas, o que significa que com bilhetes a 15 e a 20 euros, daria, pelo menos, 17250 euros. Não vi um tostão. E ainda por cima ele não pagou a ninguém, nem ao homem dos touros, nem ao que montou a praça, tão pouco à GNR", afirma, indignado.
A família não só não recebeu qualquer ajuda para os tratamentos do menino, como ainda por cima ficou sem quase 2000 euros, dinheiro que adiantou a Oliveira para pagar as licenças e ao pessoal que ia montar a praça.
Alexandre sente-se burlado e quer avançar com uma queixa-crime contra o alegado empresário tauromáquico. "Estou só à espera de ver se consigo reunir mais lesados, nomeadamente restaurantes, tipografia e outras casas comerciais que deram 50 e 100 euros a esse indivíduo para fazer camisolas com a fotografia do meu filho e que nunca apareceram. Se puder dividir as despesas da advogada, tanto melhor", revelou o progenitor. Os pais temem ainda que "ele possa estar a servir-se da fotografia do meu filho que ele levou para conseguir enganar mais alguém".
O JN tentou contactar João Oliveira mas ninguém atendeu as chamadas.
Segundo apurou ainda o nosso jornal, o responsável pelos touros, António Nunes, reclama uma dívida que rondará os 12 mil euros e já fez saber que irá recorrer aos tribunais para reaver o dinheiro. E a acção será interposta contra os Bombeiros Voluntários de Vizela, instituição que apareceu nos cartazes como entidade organizadora.
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