segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Acção - Touradas Não





A CerciBeja já foi beneficiária/apoiante de nove touradas. Não podemos permitir que as Cercis continuem a associar-se à tauromaquia. Por favor, escreva para a Federação que as representa, bem como para a Caixa Geral de Depósitos, cujo logotipo consta no cartaz da tourada do dia 7/10/2017. 

Basta enviar a mensagem abaixo sugerida (ou outra) para os endereços indicados. 

----- Mensagem sugerida -----

Para:
com.marketing@fenacerci.pt, cgd@cgd.pt

Cc:
marinhenses.antitouradas@gmail.com

Assunto: Touradas Não
(ou outro assunto que lhe pareça apropriado)

Exmos. Srs.,

Começando por me dirigir à Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (FENACERCI), enquanto representante da Cercibeja,

Escrevo-lhes para expressar a minha mais profunda insatisfação por a CerciBeja ter sido beneficiária, e paralelamente apoiante, de um “Festival Taurino” decorrido no dia 7 de Outubro de 2017, bem como por ter levado pessoas com deficiência intelectual a assistir e por ter demonstrado uma total falta de respeito pelas muitas pessoas que deixaram pedidos de cancelamento da tourada na página do Facebook da Instituição mas que tiveram como única resposta a eliminação dos seus respectivos comentários.

Na recente tourada a favor da referida Instituição de Beja, obrigaram-se vários equinos e seis bovinos a participar. Sujeitaram-se esses equinos a elevados níveis de stress e a diversos perigos, como o de serem colhidos pelos bovinos. Humilharam-se e torturaram-se os bovinos, sem se dispensarem sevícias como cravar ferros com arpões nos corpos dos animais ao som de olés e aplausos.

É verdade que a tauromaquia ainda beneficia, no nosso país, de uma excepção expressa na mesma lei que proíbe expressamente “todas as violências injustificadas contra animais”, como sejam, infligir-lhes “a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões”, discriminando assim os touros relativamente aos outros animais não humanos. Mas é indiscutível que, embora ainda legalmente permitida, se trata de uma actividade violenta que causa muita repulsa na sociedade portuguesa. E é por esta polémica actividade implicar violência contra seres sencientes, excluídos e colocados numa situação de vulnerabilidade, que me parece que as Cercis dela se deveriam distanciar.

A mais recente tourada a favor da CerciBeja pode até ter rendido, segundo informações veiculadas por blogues tauromáquicos, 3.013,54 euros; mas é certo que afectou negativamente a credibilidade desta Cerci e das Cercis em geral.

Venho, pois, pedir à FENACERCI para recomendar às suas associadas que não sejam beneficiárias de espectáculos tauromáquicos.

Aproveito a presente mensagem para perguntar à Caixa Geral de Depósitos se tem conhecimento de que o seu logotipo constou no cartaz publicitário da referida tourada, e se a patrocinou.

Agradecendo a atenção dispensada,
Com os melhores cumprimentos,
(Nome)
(Localidade)

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